Complexo, por um lado, simples, por outro; mas não simplista.
Isabel Allende consegue fazer uma história sobre uma família, recheando-a de tantas outras histórias que se cruzam com ela: histórias de outras famílias, de uma prostituta com o sonho de ser rica, de uma revolução do povo e uma ditadura imposta por ricos e governada por militares.
Cada personagem tem a sua própria personalidade, fugindo àqueles romances básicos em que as personagens parecem ser todas farinha do mesmo saco, fazendo discursos semelhantes, usando as mesmas expressões e tendo atitudes muito iguais entre si, quase previsíveis (como uma telenovela). N'A Casa dos Espíritos, o leitor sente que conhece bem as personagens e consegue reconhecer em cada uma delas qualidades e defeitos. É isso que nos faz perceber quão humanas elas são e como é provável que tenha realmente existido algures uma Clara Trueba ou um Esteban García, numa outra época, num outro país.
Cada personagem tem a sua própria personalidade, fugindo àqueles romances básicos em que as personagens parecem ser todas farinha do mesmo saco, fazendo discursos semelhantes, usando as mesmas expressões e tendo atitudes muito iguais entre si, quase previsíveis (como uma telenovela). N'A Casa dos Espíritos, o leitor sente que conhece bem as personagens e consegue reconhecer em cada uma delas qualidades e defeitos. É isso que nos faz perceber quão humanas elas são e como é provável que tenha realmente existido algures uma Clara Trueba ou um Esteban García, numa outra época, num outro país.
A minha personagem preferida foi Esteban Trueba, por todas as qualidades e todos os defeitos que me fizeram admirá-lo e odiá-lo. É, talvez, a personagem mais real em todo o livro, por se assemelhar tanto ao homem comum que é tão bom e ao mesmo tempo tão cruel.
Sem comentários:
Enviar um comentário