domingo, 11 de dezembro de 2011

Cultura - A Arte da Guerra — Propaganda da II Guerra Mundial

Recomendado por uma amiga, fui hoje ver esta exposição ao Museu Colecção Berardo. Fiquei interessada em vê-la não só por dizer respeito à II Guerra Mundial, mas também porque, tendo formação na área da Comunicação, a Propaganda nesta época foi uma questão abordada em algumas das cadeiras curriculares da minha licenciatura.
É interessante ver como as nações "manipulavam" as suas populações nestes cartazes. Alguns, devo dizer, estariam hoje condenados ao insucesso, pois, tal como aprendi na licenciatura, muito texto pouco claro contribui para que a mensagem não seja eficaz. Mas, é claro, isto sou só eu a querer dar um brilharete e mostrar que sei alguma coisinha. No entanto, há outros cartazes que apelam à emoção ("every mother's son is counting on you") ou à responsabilização do indivíduo (do género: "Are you doing your job?") e estes são, na minha opinião, muito mais eficazes.
A única coisa que torna esta exposição um pouco maçadora é o número de cartazes. É quase como se a exposição nunca mais acabasse. Mas vale a pena, até porque podemos ver cartazes orientados para populações de diversos países: EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, França, Portugal, Hungria, URSS. Para os interessados em História Mundial, principalmente do século XX, ou em comunicação estratégica, publicidade e propaganda, é uma exposição a visitar!

 

Livro - Filhas Rebeldes

Terminei finalmente o segundo livro que ganhei no passatempo da Presença no facebook - Filhas Rebeldes, de Manju Kapur. É um romance que se passa na Índia, mais precisamente no Punjab, dos anos 40, sob o domínio da Inglaterra, e que narra a história de Virmati, a mais velha de 11 irmãos, que se apaixona, primeiro, pela educação superior e a liberdade feminina e, depois, por um homem casado e professor universitário. O amor que surge entre os dois é, então, o que inicia um conflito entre cada um deles e as suas famílias.
Esta história tem como cenário uma Índia que, depois da II Guerra Mundial, luta pela sua independência, trazendo esta luta uma série de consequências que se traduzem na partição entre Hindus e Muçulmanos, em conflitos e muitas vidas perdidas. Filhas Rebeldes é um romance que alia a luta de Virmati pela sua independência perante a família à luta da Índia pela sua independência relativamente à Inglaterra.
Apesar da parte política - que é a chave para que este romance não seja apenas mais uma narração de um amor impossível e desde logo condenado pela família e a sociedade - e embora o livro tenha uma leitura extremamente agradável, não posso dizer que o recomende vivamente. Não é de todo uma perda de tempo lê-lo. Mas para quem não aprecia este tipo de histórias de amor e afirmação feminina em ambientes tradicionais e conservadores, a parte política não será suficiente para agarrar o leitor.