quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Livro - Memórias de Uma Gueixa

Memórias de Uma Gueixa é um livro tão apaixonante até à última página, que quando cheguei ao final nem sequer me apercebi de que a história estava a acabar. Para ser sincera, até fiquei com aquela nostalgia-de-livro-acabado mais forte do que é habitual em mim, porque o número de páginas por ler ia ficando reduzido, mas a história envolvia-me como se pudesse continuar eternamente.
Nunca vi o filme baseado neste romance de Arthur Golden, mas quero vê-lo e espero que valha pelo menos metade do que vale o livro, embora considere que até essa metade é dificilmente alcançada! Já muitas pessoas me recomendaram o filme, mas terão lido o livro? Bom, eu li-o, adorei lê-lo e recomendo-o!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Música - Bilnk-182

Depois de uns anos de pausa, os Blink-182 laçam finalmente o single que marca a reunião da banda. Mas não é apenas este o motivo pelo qual têm um mês no STRAWBERRY FIELDS. Não só adoro as músicas deles, que me recordam dos típicos "teen movies" nada educativos que eu via durante a minha adolescência (e ainda vejo), de que é exemplo o famoso American Pie, como também achei a ideia do seu novo videoclip brilhante. À semelhança dos fãs que utilizam as músicas dos seus artistas favoritos nos seus vídeos, também a banda resolveu utilizar as imagens desses vídeos de fãs para o videoclip do seu novo single - "Up All Night". Veja-se, abaixo, a "desforra" dos Blink-182, pirateando os seus fãs.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Beijo

«- Dá-me um beijo - pediu.
Beijei-a. Beijámo-nos, com os lábios apertados, fechados, selados. Se lhe tivesse aberto os lábios com a minha língua obscena talvez não gostasse. Beijar é mais complicado do que parece. Beijos que educam, beijos que caducam.»

Guillermo Cabrera Infante, A Ninfa Inconstante

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Livro - A Casa dos Espíritos

Complexo, por um lado, simples, por outro; mas não simplista.
Isabel Allende consegue fazer uma história sobre uma família, recheando-a de tantas outras histórias que se cruzam com ela: histórias de outras famílias, de uma prostituta com o sonho de ser rica, de uma revolução do povo e uma ditadura imposta por ricos e governada por militares.
Cada personagem tem a sua própria personalidade, fugindo àqueles romances básicos em que as personagens parecem ser todas farinha do mesmo saco, fazendo discursos semelhantes, usando as mesmas expressões e tendo atitudes muito iguais entre si, quase previsíveis (como uma telenovela). N'A Casa dos Espíritos, o leitor sente que conhece bem as personagens e consegue reconhecer em cada uma delas qualidades e defeitos. É isso que nos faz perceber quão humanas elas são e como é provável que tenha realmente existido algures uma Clara Trueba ou um Esteban García, numa outra época, num outro país.
A minha personagem preferida foi Esteban Trueba, por todas as qualidades e todos os defeitos que me fizeram admirá-lo e odiá-lo. É, talvez, a personagem mais real em todo o livro, por se assemelhar tanto ao homem comum que é tão bom e ao mesmo tempo tão cruel.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cinema - Super 8

Gosto de filmes com crianças que representam bem ("bem" aqui não é, obviamente, sinónimo de Morangos com Açúcar)! E gosto também quando elas são as protagonistas e me permitem sentir-me envolvida no filme. Este filme produzido pelo senhor Spielberg, que tão depressa faz coisas geniais - Império do Sol - como se estatela em coisas lamentáveis, asquerosas e às quais só posso desejar a extinção - Tubarão 1, 2, 3, 4 e todos os que ele quiser fazer - (Canal Hollywood, é uma indirecta para vocês!), só me fez pensar que havia de ter qualquer coisa de me fazer levantar a sobrancelha em tom de desaprovação. Mas o dedinho dele, pelos vistos, não entrou muito na realização de Super 8, o que pode explicar o facto de o filme me ter agradado, sendo de ficção científica. Realmente o filme vê-se muito bem e é envolvente. No entanto, como quase todos os filmes de ficção científica que já vi, falha na explicação para toda a trama, que surge no clímax, mesmo antes do final do filme. As explicações destes filmes soam sempre a coisas inventadas à pressão, motivo pelo qual não sou adepta deste género de filmes. Mas é esquisito: como é que pessoas com tanta imaginação para efeitos especiais e toda a história, perdem toda a sua criatividade na altura de explicar o porquê de todos os acontecimentos que ocorreram ao longo do filme e a solução para "a ameaça" típica destes enredos?
Como é habitual, deixo o trailer do filme, embora não considere que ele seja muito explícito em relação ao filme (mas não de uma maneira boa como acontece com os trailers do cinema alternativo).

Festival dos Oceanos

Antes de mais, quero lamentar o meu erro ao presumir que a Sara Tavares também actuaria no dia 30 de Julho. Cheguei um pouco atrasada à Praça do Comércio, mas não me penso que tenha sido um atraso que desse tempo para perder um concerto inteiro da Sara Tavares. Inclusivamente os cartazes ao lado do palco indicavam, apenas, os nomes dos X-Wife e da Joss Stone.
Os X-Wife deram o espectáculo que eu "perdi", ou melhor, que vi a partir da fila para os auscultadores da Antena 3 no SBSR. Por isso, aproveitei esta segunda oportunidade para os ver com atenção e gostei muito. São muito simpáticos, animados, põem toda a gente a mexer -  keep on dancing (ahn, ahn, ahn, ahn), keep on dancing - e os meus parabéns aos agudos do vocalista.
A Joss Stone foi brilhante! Excelente voz (que vozeirão!), de arrepiar os pelos dos braços, e presença em palco, humildade q.b., simpatia, dedicação... Adoro artistas que nos fazem sentir o público mais especial do mundo de uma maneira autêntica! O dueto com a Sara Tavares também foi muito bom!
Fiquei com pena de ter de sair mais cedo e, assim, perder "Right to be wrong", mas fiquei ainda com mais pena de a Joss não cantar "Spoiled", a minha música preferida. Talvez para a próxima...